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Para Adiar o Fim do Antropoceno - um ensaio para a disciplina de Planejamento Ambiental

Se a humanidade acabasse amanhã, dizem, o planeta como um todo floresceria. Ao menos é o que pode ser inferido, baseando-se em algumas obras da cultura pop, como Matrix de 1999, em uma cena que compara a humanidade a um vírus — ignorando a chance grande de que os vírus não sejam coisas vivas1. E que a humanidade poderia acabar de uma forma que impedisse que a vida continuasse mesmo para outras espécies, como seria o caso de uma hecatombe nuclear.

Mas é quase consenso científico que sim, a humanidade causa efeitos e impactos negativos no planeta. Estudos indicam que as atividades humanas afetam negativamente a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas, principalmente devido a alterações de habitat, poluição e mudanças climáticas. No entanto, é reconhecido que algumas espécies podem se adaptar a ambientes urbanos. O impacto abrangente dessas ações é uma preocupação crítica, tanto por razões éticas quanto pelo potencial de interrupção dos serviços ecossistêmicos fundamentais para a humanidade.

O escritor John Green, parafraseando seu irmão Hank, oferece uma perspectiva holística crucial para a compreensão do Antropoceno e sua relação com o planejamento ambiental:

Meu irmão Hank, que começou a vida profissional como bioquímico, me explicou [o antropoceno] assim certa vez: “Sendo uma pessoa, seu maior problema são outras pessoas. Você é vulnerável a elas e depende delas. Mas imagine que você é um rio, um deserto ou um urso-polar do século XXI. Seu maior problema ainda são as pessoas. Você continua vulnerável a elas, ainda depende delas. Green, John. Antropoceno: Notas Sobre a Vida na Terra (p. 14). Intrínseca.

Apesar das evidências ainda inconclusivas dos malefícios que representam o antropoceno, no entanto, é possível dizer que a margem de erro desta afirmações incertas recai sobre a óbvia limitação de que são estudos de humanos sobre ação humana enquanto ocorrem. Mas, partindo do princípio da boa fé, podemos dizer que o futuro não parece mais brilhante e receptivo. Que é hora de nos organizarmos e planejarmos um mundo melhor não apenas para nós, mas para os próximos.

A disciplina Planejamento e Gestão Ambiental foi, entre muitas coisas, uma disciplina essencial para descortinar uma nova camada da realidade tal como ela se apresenta após análises sucessivas e abordagens interdisciplinares; como uma disciplina que herda, graças ao fluxograma do curso, a carga de conhecimento de Teoria Geral da Paisagem, Sensoriamento remoto I, Geomorfologia básica entre outros, é uma matéria que nasce consagrada naquilo que tem de potencial transformador, especialmente em tempos de discussão global sobre as mudanças climáticas, antropoceno e racismo ambiental. Não à toa, essa disciplina exige muito mais do que 60 horas de sala e de campo. Ela exige entrega e consumo, senão de si mesmo, de muitas horas extra classe com leituras e pesquisas. Porém, exatamente por seu aspecto interdisciplinar, ela acaba se nutrindo a si mesma — até mesmo memes acabam sendo fonte de informação para quem deseja procurar — quem dirá filmes, canções e conversas na fila de supermercado.

Segundo notas de aula, o Planejamento e Gestão Ambiental estão sob uma estrutura conceitual chave para a sua compreensão. São eles: Território, Sociedade, Desenvolvimento e Impacto Ambiental. Esse último, apesar de ser o mais proeminente nas notícias, talvez por sua conotação negativa, nos leva à primeira investigação sobre a natureza mesmo do que se julgou chamar de antropoceno por alguns e até mesmo capitoloceno por outros.

Definição de Antropoceno

O Antropoceno sugere um reconhecimento formal de que a atividade humana remodelou o planeta de maneira substancial, afetando o clima, ecossistemas e biodiversidade. A era reflete não apenas o impacto físico humano sobre a Terra, mas também uma mudança conceitual na forma como compreendemos nosso papel no planeta. Ela parte do princípio da geocronologia, onde se busca pela narrativa do tempo na rocha e no sedimento, onde a idade não é apenas um número, mas um capítulo na longa história da Terra. Ela se apoia na compreensão de que cada camada ou elemento radioativo conta uma parte da crônica geológica, revelando não só a sequência dos dias passados, mas também a interconexão entre o tempo e a matéria.

Antropoceno em um contexto de planejamento ambiental

O Antropoceno, deste modo, representa uma nova era geológica marcada pela influência dominante das atividades humanas sobre o sistema Terra. Este conceito tem implicações profundas para o planejamento e a gestão ambiental na geografia, exigindo uma abordagem interdisciplinar e uma compreensão holística das interações entre os seres humanos e o meio ambiente.

Estudiosos definem o Antropoceno como uma nova época caracterizada pelo aumento significativo dos níveis de dióxido de carbono (CO2) atmosférico a partir de 1800, impulsionado pela industrialização. Esse aumento de gases de efeito estufa tem consequências profundas para o sistema climático e os ecossistemas terrestres. Porém é possível que essa era remonte a quase 200 anos antes.

Evidência Estratigráfica do Antropoceno

A discussão sobre a data de início do Antropoceno é complexa, envolvendo evidências geológicas e da história humana para identificar mudanças globais que possam significar uma nova época. Lewis e Maslin (2015) propõem duas datas significativas para o potencial início do Antropoceno com base em marcadores estratigráficos distintos.

1610 - O Orbis Spike ("Troca Colombiana")4 Esta data está ligada à queda do CO2 atmosférico, observada nos núcleos de gelo da Antártida, que coincide com A Troca Colombiana após a chegada dos europeus às Américas. Este acontecimento provocou uma redistribuição global das espécies (biota) e uma diminuição significativa da população indígena devido às doenças trazidas pelos europeus, o que resultou numa alteração do uso do solo e no sequestro de carbono, uma vez que as florestas voltaram a crescer em áreas anteriormente cultivadas. Este momento marca também o início do comércio global e a grande troca de culturas e animais entre continentes. Os autores sugerem o "Orbis spike" como um marcador2 adequado da Global Boundary Stratotype Section and Point (GSSP) , tornando-o um forte candidato para o início do Antropoceno.

Um Ponto e Seção Global de Estratotipo Limite (GSSP, na sigla em inglês) é um ponto de referência internacionalmente acordado em uma seção estratigráfica que define o limite inferior de um estágio na escala de tempo geológico. Esse esforço é conduzido pela Comissão Internacional de Estratigrafia, parte da União Internacional de Ciências Geológicas. A maioria, mas não todos, os GSSPs são baseados em mudanças paleontológicas. Por isso, os GSSPs geralmente são descritos em termos de transições entre diferentes estágios faunísticos, embora muito mais estágios faunísticos tenham sido descritos do que GSSPs. O esforço de definição de GSSP começou em 1977. Até 2024, 79 dos 101 estágios que precisam de um GSSP têm um GSSP ratificado.

1964 - Pico de Radionuclídeos (Ensaios Nucleares)

Esta data está associada ao pico da queda de radionuclídeos provenientes de ensaios nucleares atmosféricos. Os radionuclídeos deixaram um sinal claro e globalmente síncrono nos registos geológicos, incluindo núcleos de gelo, sedimentos e anéis de árvores, marcado por um pico de carbono 14 por volta de 1964. Este sinal é indicativo da "Grande Aceleração", um termo utilizado para descrever o rápido aumento da população, o avanço tecnológico e os impactos ambientais globais após a década de 1950. A presença do pico de carbono 14 fornece um marcador preciso, apoiado por outros sinais distribuídos globalmente, como o aumento das concentrações de chumbo e a presença generalizada de plásticos, tornando-o um potencial marcador do Antropoceno.

Lewis e Maslin destacam os desafios de cada data de início potencial para o Antropoceno:

  • O marcador 1610 reflete uma mudança profunda no sistema terrestre, evidenciada pelo movimento transoceânico das espécies e pelos impactos climáticos globais, e alinha-se com as mudanças históricas nas sociedades humanas.
  • O marcador 1964 é mais contemporâneo, refletindo as rápidas alterações ambientais associadas à expansão industrial e às inovações tecnológicas do pós-Segunda Guerra Mundial. É distinto e representa um evento que deixou um sinal estratigráfico claro.

Cada data tem implicações na forma como percebemos os impactos humanos na Terra. A data 1610 enfatiza as mudanças devidas à colonização e ao estabelecimento de uma economia global baseada na extração de recursos, enquanto a data 1964 aponta para os avanços tecnológicos da era moderna e os seus impactos planetários. Nenhum das duas, no entanto, invalida as críticas levantadas pela Geografia, incluindo aí as trazidas pelo Planejamento e Gestão Ambiental

Desafios do Antropoceno para a Gestão Ambiental

O artigo "The Anthropocene: From Global Change to Planetary Stewardship" de 2011 enfatiza que o Antropoceno exige uma revisão crítica das interações humanas com a Terra, diante do consumo intensificado dos serviços ecossistêmicos e da erosão progressiva da capacidade do planeta de processar resíduos. Tal contexto demanda um novo paradigma de gestão ambiental que transcenda práticas convencionais e busque a sustentabilidade em escala planetária. O conceito de Antropoceno ressalta o Holoceno como uma época estável que permitiu o florescimento das sociedades humanas; portanto, a preservação desse equilíbrio é fundamental.

O desafio de equilibrar IDH e Desenvolvimento, no entanto, destaca a complexa tensão entre o desenvolvimento humano e o impacto ambiental que esse desenvolvimento tem. A Pegada Ecológica mede a demanda humana em relação à capacidade regenerativa do planeta Terra, englobando fatores como consumo de recursos naturais e a produção de resíduos, particularmente o carbono. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por outro lado, é uma métrica composta que avalia a média de conquistas em dimensões-chave do desenvolvimento humano: saúde, educação e padrão de vida.

Equilibrar essas duas medidas significa promover um desenvolvimento que não apenas melhore a qualidade de vida e as oportunidades humanas, mas que também se mantenha dentro da capacidade biológica do planeta de fornecer recursos e absorver resíduos. Idealmente, um equilíbrio adequado permitiria que todos os países alcançassem um alto IDH sem ultrapassar seu quinhão justo da biocapacidade3 da Terra. No entanto, muitas nações que alcançaram um alto IDH o fizeram à custa de uma Pegada Ecológica insustentável, que extrapola os limites de recursos renováveis da Terra. Simultaneamente, países com baixa Pegada Ecológica frequentemente apresentam um IDH mais baixo, refletindo um desenvolvimento humano insuficiente.

Este paradoxo implica que, sob os modelos de desenvolvimento atuais, a humanidade ainda não encontrou uma maneira de alcançar ou manter o bem-estar humano de maneira ecologicamente sustentável e socialmente justa em escala global. Isso sugere a necessidade de uma transformação fundamental na forma como os recursos são utilizados e gerenciados, exigindo inovações tecnológicas, mudanças no comportamento de consumo e políticas de desenvolvimento que promovam a eficiência e a equidade na utilização dos recursos naturais.

Conforme Steffen et al. (2011), a gestão ambiental e o planejamento territorial no contexto do Antropoceno devem ir além da mera mitigação dos danos ambientais. Eles argumentam que é essencial repensar os caminhos para o desenvolvimento humano, harmonizando o bem-estar humano com a integridade dos sistemas ecológicos do planeta. Essa abordagem reforça a necessidade de práticas de gestão que promovam a resiliência dos sistemas socioecológicos globais, assegurando um espaço seguro e sustentável para a humanidade.

A gestão ambiental e o planejamento territorial neste âmbito devem transcender a mera mitigação de impactos ambientais e procurar promover uma reconcepção das estratégias de desenvolvimento humano, visando a harmonização do progresso socioeconômico com a preservação da integridade e resiliência dos ecossistemas terrestres. Este enfoque demanda um alinhamento do planejamento e das políticas públicas com os princípios de sustentabilidade ambiental, de modo a juntar forças afim de que se capacite as sociedades a atenderem suas necessidades presentes sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas — respeitando a vocação e a capacidade dos sistemas naturais.

O desafio é, portanto, harmonizar o Índice de Desenvolvimento Humano — que reflete saúde, educação e padrão de vida — com a Pegada Ecológica, que mensura o consumo de recursos e a produção de resíduos dentro da capacidade regenerativa do planeta. A busca por este equilíbrio ainda não foi efetivada por nenhuma nação, exigindo um remodelamento profundo do conceito de desenvolvimento, onde o crescimento econômico é alinhado com justiça social e sustentabilidade ambiental. As práticas de gestão e o planejamento territorial devem, assim, fomentar uma administração que incorpore a governança colaborativa e poli-cêntrica, indispensável para o fomento de um espaço seguro e sustentável para toda a humanidade.

Ainda, a gestão ambiental e o planejamento territorial devem se alinhar a uma visão holística, considerando que o desenvolvimento sustentável é um objetivo transversal que permeia todas as dimensões da sociedade. Quer dizer, adoção de práticas de governança que reconheçam e valorizem a interdependência e conectividade dos sistemas socioecológicos, criando mecanismos de gestão que sejam tanto eficazes quanto inclusivos, assegurando que o avanço humano ocorra dentro dos limites ecológicos do planeta, com um compromisso renovado com a equidade e a preservação da biodiversidade.

Interdisciplinaridade e Planejamento Ambiental

Já o artigo de Richard T. Corlett sobre o conceito de Antropoceno em ecologia e conservação fornece ideias relevantes para entendermos melhor a interdisciplinaridade no planejamento ambiental e gestão ambiental. Ele destaca que o Antropoceno desafia as suposições tradicionais de estados estáveis na ecologia, exigindo abordagens que considerem interações, retroalimentações e limiares. A era atual, definida pelo impacto humano significativo sobre o ambiente, faz com que ecossistemas anteriormente negligenciados, como os urbanos e agrícolas, bem como os ecossistemas "novos" ou transformados pelo homem, sejam agora foco de atenção.

Corlett sugere que, para lidar com os desafios ambientais do Antropoceno, é preciso aceitar e entender que não é mais possível manter o 'status quo'. Portanto, práticas conservacionistas e estratégias de gestão precisam ser adaptadas para acomodar e gerir mudanças rápidas, globais e direcionais no meio ambiente. Isso implica também em um reconhecimento da necessidade de gestão ativa, gerenciamento adaptativo e experimentação em práticas de conservação.

A importância da colaboração interdisciplinar para enfrentar as mudanças globais

A abordagem interdisciplinar proposta por Corlett (2015) enfatiza a necessidade de uma colaboração ampla entre campos diversos - como ecologia, geologia, sociologia, economia e planejamento urbano — para abordar os desafios complexos do Antropoceno. Ele ressalta que a criação de uma base de dados espaciais globais que registre os impactos do Antropoceno pode ser fundamental para fundamentar decisões de conservação e planejamento ambiental.

Este banco de dados espaciais poderia incluir informações sobre a extensão da urbanização, padrões de uso da terra, biodiversidade, ciclos de nutrientes e de água, e a distribuição de poluentes, oferecendo uma visão integrada das mudanças ambientais em escala global. Isso permitiria identificar áreas críticas de perda de biodiversidade, degradação do solo, e poluição, bem como zonas de resiliência e recuperação ambiental.

A ideia é que essa abordagem colaborativa e baseada em dados forneça um arcabouço para estratégias adaptativas que considerem os ecossistemas em um contexto dinâmico e em constante mudança, ao invés de procurar preservar um estado ambiental idealizado que talvez não seja mais alcançável. A ênfase recai sobre a gestão de habitats modificados e criados pelos humanos com o mesmo rigor aplicado a ambientes naturais, reconhecendo que a ação humana e a natureza estão inextricavelmente ligadas.

Além disso, ao integrar várias disciplinas, os planejadores e gestores ambientais podem desenvolver novos modelos de sustentabilidade que reflitam as complexas interações humanas com o meio ambiente, fornecendo assim soluções mais robustas e sustentáveis a longo prazo. Isso inclui o desenvolvimento de políticas que promovam o uso sustentável dos recursos, a conservação da biodiversidade, e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

o Antropoceno no Contexto do Planejamento Ambiental

Portanto, no contexto do planejamento ambiental, o Antropoceno orienta os profissionais a adotarem um papel mais ativo na modelagem das mudanças ambientais, a fim de alcançar resultados sustentáveis e a considerarem os impactos humanos não apenas como forças perturbadoras, mas como elementos centrais na formulação de soluções para os problemas ambientais contemporâneos.

Krenake-se

O desafio do Antropoceno não é meramente técnico, mas um chamado a repensar profundamente nossa relação com a Terra, essa Pacha Mama que sustenta todas as formas de vida. Como o Imortal Ailton Krenak nos lembra, não somos apenas habitantes deste planeta, mas parte intrínseca de sua teia de vida, indissociavelmente ligados a ela assim como o rio Watu é avô para o povo Krenak.

Devemos, portanto, reimaginar o planejamento e a gestão ambiental não como ferramentas de domínio sobre a Terra, mas como expressões de nossa coexistência e coparticipação no cuidado com nossa casa comum. Isso exige um profundo respeito e reverência pela Terra como entidade viva, não como mero recurso a ser explorado.

As boas práticas nesse novo paradigma vão além da colaboração interdisciplinar e da gestão adaptativa. Elas demandam a integração dos saberes tradicionais e a valorização das narrativas não dominantes, vitais para nos guiar em direção a um futuro onde o crescimento econômico e a inovação tecnológica estejam alinhados com a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas.

Os desafios do Antropoceno, como Krenak observa, são também espirituais e culturais, refletindo uma crise de visão da "humanidade" moderna. Nosso apelo à ação, portanto, deve transcender soluções puramente técnicas e englobar um redespertar para as múltiplas formas de sabedoria e visões de mundo que compõem o mosaico da vida na Terra.

Ao celebrarmos e nos aliarmos à diversidade de expressões de vida no planeta, poderemos não apenas adiar o "fim do mundo", mas inaugurar uma nova era de coexistência harmoniosa e respeitosa com a Pacha Mama e todas as suas criaturas. Que cada ação de planejamento e gestão ambiental seja um passo em direção a essa relação mais profunda e reverente com a Terra que nos acolhe.

Referências

Corlett, R. T. (2015). The Anthropocene concept in ecology and conservation. Trends in Ecology & Evolution, 30(1), 36-41. DOI: 10.1016/j.tree.2014.10.007. (p. 38).

Lewis, S. L.; Maslin, M. A. Defining the Anthropocene. Nature, v. 519, p. 171-180, 2015. DOI: 10.1038/nature14258.

Steffen, W. et al. The Anthropocene: From global change to planetary stewardship. Ambio, v. 40, n. 7, p. 739-761, 2011. DOI: 10.1007/s13280-011-0185-x.


  1. A classificação dos vírus como seres vivos é objeto de controvérsia. Enquanto alguns estudos não os consideram vivos pela falta de estrutura celular e autonomia, outros apontam para características de vida como sua interação ecológica e evolução com hospedeiros. O consenso científico ainda não foi alcançado, refletindo a complexidade única dos vírus e a contínua evolução da pesquisa. 

  2. Um Ponto e Seção Global de Estratotipo Limite (GSSP, na sigla em inglês) é um ponto de referência internacionalmente acordado em uma seção estratigráfica que define o limite inferior de um estágio na escala de tempo geológico. Esse esforço é conduzido pela Comissão Internacional de Estratigrafia, parte da União Internacional de Ciências Geológicas. A maioria, mas não todos, os GSSPs são baseados em mudanças paleontológicas. Por isso, os GSSPs geralmente são descritos em termos de transições entre diferentes estágios faunísticos, embora muito mais estágios faunísticos tenham sido descritos do que GSSPs. O esforço de definição de GSSP começou em 1977. Até 2024, 79 dos 101 estágios que precisam de um GSSP têm um GSSP ratificado. 

  3. Biocapacidade refere-se aos recursos e à produtividade ecológica de uma região, sendo influenciada e influenciando vários fatores como educação, desenvolvimento econômico e inovação. É fundamental para a sustentabilidade e a qualidade ambiental. 

  4. Pode ser chamado de invasão europeia também. 

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