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Sobre meus hábitos de estudo

RESUMO: Neste texto, o autor relata sua jornada em busca de conhecimento e originalidade. Ele discute a ideia de que algo original surge do trabalho árduo e da intersecção de diferentes domínios. O autor cria um diagrama de Venn para visualizar suas leituras e conceitos que moldam sua visão de mundo. Ele descobre que as intersecções entre os campos são as mais desafiadoras e interessantes, e são nelas que nascem as ideias mais originais. Além disso, o autor cria uma planilha para estudar as obras e se manter no caminho certo em sua busca por completar os livros e desenvolver algo que possa ser chamado de seu.

Foi em um momento de fraqueza. Eu, como sempre, querendo impressionar, disse a uma pessoa que o surgimento de algo original residia no trabalho árduo e na intersecção de dois ou mais domínios, nada original poderia nascer de outra maneira; eu me inspirava em uma citação que dizia exatamente isso; ou talvez em algum livro que eu nunca li, mas cuja idea pegara de imediato, como o Outliers que diz que precisamos de uma média de dez mil horas de prática para atingir uma maestria em qualquer área do conhecimento. Dúvidas à parte (e se eu fizer cinco mil horas, sou meio mestre? vale tanto para violão como para engenharia aeroespacial?), eu não tenho nada a perder.

Diagrama de Venn para as três áreas do conhecimento que mais me atraem

Se tentar impressionar alguém pelo conhecimento é um pecado perdoável, mentira decerto não o é, e então resolvi levar minhas citações mais ao pé da letra, o que é suficiente para meter qualquer um em muitos problemas. Peguei meus livros, minhas leituras, tanto as já feitas como as programadas para um futuro próximo e alguns conceitos que norteavam minha visão de mundo e enfiei em um Diagrama de Venn. O resultado, ainda que parcial, está acima.

O diagrama funciona como um mapa mental: nele eu observo o que pertence a um determinado campo; enquanto isso pode ser um pouco asfixiante para a compreensão daquele livrou ou autor, é liberador em termos de descobrir novos autores e ideias. Ainda não existe um mapa mental perfeito para nada, e não foi com essa ideia que eu comecei mesmo esse trabalho.

Depois de fazer este desenho, no paint mesmo, eu comecei a deixar a criatividade andar solta. Notei que um padrão se preenchi naturtalmente assim que eu tentava encaixar um nome em um campo: ele era influenciado pelos outros campos, como uma nota que chama outra na harmonia musical. Descobri que se a intersecção central, A+B+C era a mais difícil, então era melhor que fosse. Nela coloquei as influências inemovíveis e inalteráveis em todas as instâncias do preocesso: as sacrosantas. Gostei do resultado, continuei a escrever sempre que me vinha alguma à mente. Descobri que por geografia eu entendo ciência + história + política, e literatura é tudo que não é filosofia mas é arte. Enfim, em cada instersecção eu encontrei motivações para se alegrar de verdade: é ali que nascem as ideias mais originais.

Mas não parei por aí. Fiz uma planilha (o louco das planilhas de excel) e criei um organograma onde poderia estudar as obras e me manter nos trilhos. A intenção é completar os livros todos em poucos anos e então se dedicar a algo que possa ser chamado de meu. Claro, nada que seja original é possível, você pode pensar. Originalidade é esconder as fontes, Einstein supostamente disse. Que seja. Reinventar a roda nunca foi meu propósito e se vivemos em tempos cínicos, desesperados mesmo, então é mais um motivo para se ter mais esperança.

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