RESUMO: Este texto apresenta uma série de conselhos e reflexões sobre diferentes aspectos da vida, abordando temas como o uso de frameworks para alcançar objetivos, a importância de ler e escrever, a necessidade de renunciar a certas ideias e comportamentos, a valorização das pequenas coisas, a busca por um sentido na vida, a compaixão, o aprendizado com a história, a importância de se manifestar politicamente, entre outros. Os conselhos são apresentados de forma pessoal e convidam o leitor a refletir sobre suas próprias experiências e escolhas.
1. Use um framework para alcançar seus objetivos. Com isso não quero me referir ao sistema de desenvolvimento de programas, mas ao conceito de arcabouço conceitual a que ele se refere. Dada a quantidade de informações disponíveis eles se tornaram inevitáveis e posso afirmar sem medo que mesmo um sistema simples como o do diagrama de venn para separar e agregar áreas de estudo em comum. Eu fiz assim para agregar três áreas de estudo que eu tinha interesse (filosofia que foi onde me formei, geografia que era minha nova faculdade e literatura que era minha paixão), e a partir desse framework comecei a estudar e identificar as obras e autores que se encaixavam nessas áreas — isso me ajudou a lidar com a ansiedade de querer ler tudo e a aprender a identificar obras mais originais que outras e tirar lições de cada uma.
2. Se você gosta de ler, você gosta de escrever. E engenharia reversa também é possível — se você gosta de escrever pode gostar mais ainda de ler — o que provavelmente é o meu caso. Escrever mil palavras por dia por um período de várias semanas me ajudou a estabelecer um hábito e ampliar outros — aos pouco entendi que eu já era escritor, e que aquilo que eu admirava nos assim chamados “escritores” era apenas o excesso e o peso extra, isto é, o estilo de vida. É possível separar um do outro e focar naquilo que realmente interessa, que no meu caso, era ler mais e com mais propriedade. Escrever por uma hora todo dia me permitiu dominar melhor o pensamento discursivo e denotar melhor aquilo que eu queria dizer quando fosse escrever para os outros — mas sem dúvida o maior benefício foi ler melhor e com mais fluidez.
3. Aprenda a reconhecer os padrões de mudança, os ventos da mudança por assim dizer e aja de acordo. Saiba que mesmo os comportamentos mais arraigados em você não são você de verdade. Quando você se livra destas amarras mentais aquilo que você sempre sonhou fazer e ser começam se desenhar no horizonte.
4. Evite o cinismo a todo custo, pois é um recurso não renovável. Como eu disse em outro texto: “Então qual é o problema? o problema é exatamente esta armadilha que armamos para nós mesmos — esse apego disfarçado de niilismo, essa vontade disfarçada de despojamento. É preciso viver ao máximo o ensinamento de Jesus de que nosso sim deveria ser sim, e nosso não, não, e qualquer coisa para além disso era obra do mal, pois quê (sic), a vida está aí para ser vivida. É preciso dar valor a algo tão exuberante e completo e que nos pede tão pouco em troca.”
5. Aprenda a arte de renunciar. Nunca foi tão necessário. Começamos renunciando aquilo que é obviamente negativo e acabamos por renunciar aquilo que é aparentemente positivo, mas que já perdeu o momento. Assim, exempli gratia, renunciamos ao consumo excessivo de álcool, por ser obviamente ruim e acabamos renunciando à toda uma forma de pensar que desvaloriza minorias e ignora as consequências de nossas ações no mundo. O grande começou pequeno, e a ação agora vale mais do que a ação amanhã; desta maneira, após refletir em meus ideais de jovem adulto, que considerava essencial participar de um retiro de meditação para se iluminar, após renunciar a isso descobri que posso trazer o melhor dos ensinamentos desses retiro para minha vida cotidiana ao passo que aprendo o valor da autodisciplina e do afastamento do nocivo no dia a dia e não apenas uma vez por ano.
6. Pense global, aja local. Saiba que os resultados mais satisfatórios se baseiam em ações imediatas mas não imediatistas, e não é realmente aquela super estrela da televisão e da internet quem realmente faz a diferença no mundo — são apenas exceções que mais brilham quanto mais resumimos nosso conhecimento de mundo a poucas fontes. O mundo é vasto e no excesso de informações acabamos muitas vezes perdendo a noção do que é alcançável e o que não é. Assim, por exemplo, refleti sobre as atitudes recentes dentro da academia em agosto de 2018, e como o empreendedorismo de palco começava a tomar recursos e atenção que poderiam ir para pesquisa de base e sem querer acabei desenvolvendo o projeto de tese de mestrado que me colocaria no PPG ECCO.
7. Cuidado com preconceitos tão sutis que nem mesmo sabe que tens. É o caso da palavra misoginia, que para mim significava somente ódio ou aversão à mulheres, o famigerado chauvinismo. Eu jurava que não era misógino até descobrir que a palavra se aplicava também à aversão ao casamento — e que esse preconceito tão comum de que o casamento arruína o homem e salva a mulher era uma das ideias que mais acompanharam minha vida até a maturidade; não obstante pude refletir e ver o que havia por trás desta ideia, e como ela é fútil. Uma vez casado pude rir disso e dizer que casamento era uma coisa, e a ideia que se faz dele é outra bem diferente: “Não acho que será fácil, mas um paradigma certamente foi desmantelado. Estar ao lado de sua escolhida é uma eterna descoberta, uma alegria perene, com momentos de paz completa e inabalável. É algo que vale a pena, para além de qualquer tradição”.
8. Não se compare com qualquer um que o desafie; dialogue com os melhores. Isso foi o que eu fiz, a propósito de um exercício de análise de uma obra do Cortella; acho que não gostei quando ele veio criticar os adultos da minha geração, mas mais do que isso, gostei de poder pegar um livro e citá-lo não apenas para enriquecer um texto, mas também para fazer contrapontos. O mesmo deveria valer para tudo — quando alguém te provocar, na vida real ou virtual, sempre procure saber se é com ele que você quer perder tempo e energia discutindo. Caso contrário, dê de ombros e ignore.
9. Aceite que feridas levam tempo para se curar, mas que elas o fazem e quando elas finalmente se curam, é hora de ajudar os outros que precisam fazer o mesmo. Aprenda que é uma escolha sua remoer tudo o que aconteceu de mal na sua vida e viver se achando injustiçado, ou aceitar a cura natural de todos os eventos (bons ou ruins) e então se despedir deles e seguir em frente.
10. Se a vida te tira alguma coisa, certamente ela te deu outra. É o caso de uma vida adulta sem filhos, por exemplo — se este fato sozinho não me define (posso adotar, posso fazer tratamento para ter filhos, posso levantar a bandeira do antinatalismo), certamente ele criou uma dinâmica na minha vida que é única e particular. Não o suficiente para me tornar uma pessoa despojada pois todo mundo é igualmente propenso a se apegar mortalmente a praticamente qualquer coisa, não ter filhos e ser um tipo de ponto final na minha ancestralidade coloca tudo em outra perspectiva — e exige uma dose de coragem diária para aceitar que isso é tudo o que há. Tento aprender com meus amigos coisas como a arte de ser insolente e antiautoritário; mas não só isso, tento aprender a ter o propósito na vida de meus amigos que tem filhos para cuidar. Como tudo na vida é questão de equilíbrio, o que pode não ser espetacular, mas que quebrará o galho naqueles dias extremamente solitários e sem perspectiva.
11. Seja amador naquilo que tens paixão, seja profissional naquilo que te sustenta. Pois que precisas nutrir tua alma, mas também precisas se sustentar — nada mais equivocado que o ideal de artista que passa fome. Não denuncies quem te indica estudar para concursos — eles só querem o melhor para você. Mas como foi afirmado antes, renunciar é uma arte, e ao renunciar ao estudo propriamente utilitário, abres um mundo de possibilidades de estudo por amor. Não só em relação aos estudos, tudo se aplica nessa lei econômica do custo de oportunidade: renunciando a um carro tens dinheiro para uma temporada de estudos no exterior, renunciando a comprar uma casa tens a possibilidade morar em um lugar que sempre sonhaste;
12. Exclua suas redes sociais. Mesmo que tenhas que voltar. Mesmo que voltes mas com uma conta de paródia ou conceitual. Redes sociais já mostraram de várias maneiras que são tudo menos sociais — e com o advento do capitalismo de vigilância, é preciso aprender a envenenar o poço (adulterar os próprios dados para enganar os servidores) ou aceitar que se tornou, finalmente, ao custo do uso inocente da internet e das ferramentas dela, uma mercadoria.
13. Invista em um kindle. Não tenho nem palavras para dizer o quanto ele me ajudou e enriqueceu o habito de estudo. E por kindle quero dizer qualquer dispositivo de leitura eletrônica.
14. Dê valor às coisas que você possui hoje — um dia elas foram apenas um sonho. Tire o máximo que puder delas, sabendo que coisas são para serem usadas mesmo. Aceite também, que em uma cultura que trata cidadania como indissociável do consumismo, é natural comprar coisas inúteis e que nem mesmo sabemos porque temos — amenize esses erros e se previna.
15. Tente ser uma pessoa melhor — não pelos outros mas por si mesmo. Não pelo céu mais pelo bem em si; se antes fazíamos promessas de ano novo temos agora as promessas de pós pandemia. Eu prometi tentar ser mais compreensivo e ser mais respeitoso. Defender os mais fracos sem perder a essência do que me fazia ser eu. Pois: “Quando você deixa todos serem quem eles quiserem, você descobre a si mesmo. Não controlando nem forçando todos fazem o que a gente quer — ninguém contra ninguém, eles apenas são por eles mesmos. A realidade se desdobra para que você passe. Propriedades emergentes das redes e das relações”.
16. Não existe país perfeito, mas existem lugares mais ou menos alinhados com aquilo que se acredita. A despeito disso, todo mundo está mais ou menos na mesma. Um conselho derivado: Não existe país perfeito, mas não desista de procurar, ele pode estar bem mais perto do que se imagina. Enquanto isso tente entender que somos todos irmãos em um grande país chamado capitalismo — sim roubei esse conceito do diretor de “Parasita”. Quando fazemos imagem disso entendemos como se dão os movimentos de ascensão e derrocadas de políticos, e, mais ainda, os noventa e nove por cento que não são a elite estão ao largo, à solta, vulneráveis àquilo que vier. Nesse sentido podemos entender que:
17. A compaixão é libertadora e ultrapassa todo e qualquer fronteira ou limite imaginário; quando fui assaltado no norte da Argentina e entrei sorrateiramente na Bolívia, foram estranhos quem me ajudaram a acessar a internet e a me alimentar, e não a embaixada brasileira ou coisa do tipo. Estranhos com talvez mais dificuldades do que eu, mas que me enxergaram ao invés de me ignorar.
18. Se estabeleça e se manifeste politicamente. Saiba que tudo o que está ao seu redor é, de certa maneira e até certo ponto, político. Não faça isso apenas porque todo mundo na internet está fazendo, no entanto — seja cauteloso com isso, mas não demais. Seja tolerante com os dissidentes, mas não em excesso. Saiba que é o processo e não o resultado que importa — mesmo pessoas boas e inteligentes fizeram más escolhas políticas — e vice versa.
19. Neste mesmo sentido entenda que a história tende a ser cíclica, e que por isso mesmo podemos esperar resultados que não poderemos comprovar pessoalmente.
20. É justo não se deixar levar apaixonadamente pela política. Entenda que a política pode ser (e normalmente é) demonizada, mas que no fim se resume a pessoas — e que no fim das contas sempre vamos ter que confiar em alguém.
21. É normal ficar confuso. É normal se juntar em manadas ou se apegar a líderes, coaching e gurus. É normal procurar esquemas fáceis de indicações do que fazer e do que ser no mundo — ainda mais em tempos de pandemia. Difícil é aceitar que nada sabe, e mais difícil ainda ficar no vale do desconhecimento, tateando a saída e andando devagar. Mas as coisas simples sempre são as mais difíceis de se fazer — procure se informar e checar as suas informações. Faça referencias cruzadas de suas fontes e busque aconselhamento de quem viveu mais ou por situações mais difíceis que você.
22. Entenda o horror da guerra. Aceite que a maior guerra que possivelmente irá viver acontece neste momento pela posse da sua alma; segundo o historiador Tony Judt desde a queda do muro de Berlim a Europa (e o mundo de certa forma) vivemos aquilo que pode ser chamado de pós pós guerra — e que uma guerra como aquela de 1941 é impossível de voltar acontecer. Mas nem por isso estamos livres de perigos igualmente grandes — podemos não conhecer o horror de lutar para sobreviver, mas a depressão e o suicídio de pessoas próximas nunca foram tão comuns; dependência química, ansiedade, síndrome de burn out e paranoia estão alcançando níveis altíssimos de infiltração na sociedade e na cultura — e com a pandemia ficou muito pior. Conheça a guerra dos outros e de outros séculos de modo a melhor se preparar para a sua — e também para refletir no melhor tipo de mundo que desejas para a próxima geração.
23. O conflito sendo parte da existência não significa que precisa ter uma posição central. Escolha suas brigas com prudência. De um ponto de vista pessoal, afirmo que ficar muito obcecado é correr o risco de perder a noção da própria humanidade. Se for para ficar paranoico com aquilo que provavelmente vai acabar com nossa civilização, nunca tivemos tantas possibilidades — as mais poderosas coisas no mundo atual sendo minúsculas e invisíveis: as bactérias, os vírus e o valor das ações e os dados de clientes.
24. Exercite seus preconceitos, ponha-os para correr. Leia pensadores contemporâneos, por exemplo. Estude-os e os analise. Depois leia uma ficção qualquer para “fazer a digestão”. No campo das ideias dificilmente alguém cria alguma coisa do nada — tudo seguindo uma cadeia de influências que geram outras ideias de outros pensadores — para melhor se locomover nesse mundo recomendo conhecer as discussões atuais, mas sem perder a perspectiva histórica, porque muitas vezes o mesmo problemas só mudou de roupa e atualizou o visual. Foi assim que estudando Byung-Chul Han eu cheguei a Nietzsche, por exemplo, que valorizava precisamente a capacidade do indivíduo de focar em si e não se deixar levar pelas falsas agitações dos homens. E estudando Nietzsche eu voltei à Slavoj Žižek, quando seu contraponto à ideia Nietzschiana de a “Morte de Deus” nos aproxima do ideal do Cristianismo — a segunda volta de Jesus sendo uma metáfora para a união dos povos. Se você procura um sentido e tem a mente aberta o suficiente, pode até mesmo passar por um batismo religioso sem perder a capacidade de questionar.
25. Ouça podcasts. Brasileiros de preferência, valorize a nossa língua, pesadelo dos gringos. Ao ouvir, de preferência faça sem multitasking, e com um bloco de notas aberto. Se for de comédia, não coloque em velocidade maior. Finalmente, se você realmente ama um projeto de um ou um grupo de podcasts, apoie seja com doação ou divulgação gratuita.
26. Aprenda uma segunda língua, lute para aprender uma terceira. Se não tiver como fazer um cursinho, ouça podcasts, use aplicativos tipo cambly ou duolingo, mas faça. Sua língua materna nunca vai se perder e seu cérebro sempre será grato pelo esforço.
27. Ancestralidade importa. Não apenas por causa da carga genética, mas pela carga cultural que trazemos consigo e que nunca conseguimos realmente deixar. Dito isso, aprenda a se soltar. Porque ninguém mais vai percorrer o seu caminho na vida por você e ninguém vai fazer as coisas que precisam ser feitas por você. Ancestralidade é um conceito bonito, e que embute muitas das coisas que mais admiramos na vida, mas para algumas pessoas pode ser fonte de confusão e tristeza; aprenda a se despedir e deixar para trás aquilo que acabou e, depois de um período razoável de luto, siga em frente de coração aberto.
28. Tenha amigos mais jovens que você. De preferência uns dez anos mais. Isso vai te ensinar o valor da insolência e o valor do seu tempo — porque se este último é uma ilusão, em muito ela se amplia quando nos apegamos à formas equivocadas de ver as coisas. Quatro anos atrás eu entrei novamente na universidade com a carga de ser já formado com demora em um curso superior; com dez anos acima da média de meus colegas de faculdade eu poderia me sentir melindrado e preocupado em ficar para trás, mas a partir do momento em que percebi que aquilo era passageiro, (através de um sonho profético onde eu estava acompanhado de meus amigos em um rio deslizando em um tobogã de barro) eu comecei a relaxar e aproveitar. Foram os melhores quatro anos da minha vida adulta, e ganhei amigos e perspectivas novas que mudaram tudo.
29. Tenha amigos mais velhos. No meu caso, minha esposa, que é dez anos mais velha do que eu e que é também minha maior amiga, que sabe de coisas que ninguém mais sabe. Graças à perspectiva dela aprendi o valor do tempo bem utilizado, do futuro do planeta, do posicionamento político e de tantas outras coisas. Se não por isso, então pela perspectiva de felicidade que é prevista ao homem, pela importância de contingenciar corretamente os esforços e a energia naquilo que realmente traz valor à vida. Aprendi também que não posso enfrentar o mundo sozinho sem pagar um grande preço; aprendi que não é porque eu não consigo mais viajar como andarilho e folha ao vento que eu preciso abrir mão de viajar. Aprendi como cuidar de meu dinheiro, ou pelo menos dar uma espiada no saldo de tempos em tempos; aprendi que não tenho o direito de passar o dia inteiro jogando vídeo game se tenho objetivos diferentes a cumprir (mas amongão com os amigos é bom demais). Aprendi que poder dormir é uma bênção, e que devagar se vai muito longe.
30. Não tenha segredos, se puder. Se tiver, aprenda a conviver com eles. E se os confidenciar, aprenda logo, não são mais seus.
31. Apaixone-se pelo processo. Abrace o paradoxo de mais conhecer para menos saber. Mergulhe de cabeça e veja riqueza naquilo que ninguém mais dá valor. Arrisque. Mas saiba que coisas dão errado, por mais que se prepare. Foi o caso, retomando o exemplo, da minha primeira viagem à Argentina. Antes de partir eu passei quase um ano estudando tudo da cultura deles, ouvindo música e lendo os livros. Também, tentei conseguir amigos para ir comigo e na desistência destes (alguns na última hora) ao invés de adiar eu fui sozinho. E se foi emocionante por um lado, também envolveu muitos perigos desnecessários. Hoje vejo que tudo o que aprendi sobre meu destino antes de viajar foi mais rico do que a viagem em si — o orgulho vazio é um risco grande quando nos aproximamos de concluir um objetivo, mas fato é que o mapa não é o território, e tudo aquilo que imaginamos sobre uma coisa nunca será como a coisa em si. Ainda assim recomendo, apaixone-se pelo processo, estude seu objeto, seja qual for, e de coração inocente, mergulhe no desconhecido.
32. Estude economia — ao menos os rudimentos. Tanto ela como a estatística são ferramentas indispensáveis para entender o mundo moderno e a dinâmica tanto de países inteiros como de indivíduos.
33. Se você não é de exatas, como eu, aceite sua incapacidade e siga em frente. Inteligências são várias. Aprenda a dominar ferramentas inusuais e converse com pessoas de várias áreas e círculos. Se você é de ler, leia, se não é, use audiobooks ou mesmo ferramentas text-to-speech.
34. Ame o Brasil, ele pode fazer um bom uso desse amor — mas não incondicionalmente como um patriota cego, no entanto. Aprenda a reconhecer o melhor que esse país produz, e que não seja necessário que você tenha que morar longe para descobrir isso.
35. Aproveite sua juventude. Ela passa rápido. Não se apegue a ela, sempre restará um pouquinho lá no fundo que pode acabar confundindo e criando um desequilíbrio de decisões. Mantenha um equilíbrio e aceite quando for hora de sair de cena; não existe idade definida para alcançar seu ápice ou para criar sua obra-prima. Tente fazer da sua vida sua própria obra-prima.
36. Não siga conselhos. Faça seu próprio caminho.
Agradecimentos à Fatima de Paula e Cristian Pereira pela revisão, sem a qual esse texto iria demorar até precisar serem 37 itens ao invés de 36.